Cesar
Bravo, um dos autores da The King,
é um escritor nascido em Monte Alto em mil novecentos e setenta e
sete que já fez de tudo um pouco na vida. Desde atender em balcões
de drogaria (sua formação acadêmica é farmacêutico) a
proprietário de uma firma de prestação de serviços em construção
civil. Dedicou-se também a escrever músicas até descobrir que seu
real interesse eram palavras e não melodias. Atualmente reside em
Taubaté/SP e dedica-se somente a escrever livros e contos. Contato
com o autor (cesarbravoescritor@gmail.com).
- Cesar, como você e a literatura se conheceram?
Acho
que eu querendo ela e ela me ignorando... Na verdade flerto com a
literatura há algum tempo, mas sem a seriedade que a moça queria.
- Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Penso
que escrever seja aquele lance de produzir o pão com as próprias
mãos, gosto disso. Mas escrever também é mais; no meu caso é
terapia, escrevo para não ficar maluco com o mundo (e com as
pessoas).
- Por que participar de uma antologia?
A
proposta da The King é muito boa, adoro suspense/horror e os
organizadores da antologia aturaram com muita seriedade desde o
início do projeto. Entendo antologias
como um ganho para as duas partes, a editora com os livros e o autor
como divulgação.
- Fale um pouco sobre a The King?
Acho
que todo cara que sentou para ouvir um conto de horror com amigos,
ouviu na roda algo do senhor King... O cara é um monstro e
participar de qualquer coisa que leve seu nome é um orgulho.
Sinceramente falando.
- Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
Para
os autores foi suave. Na verdade a parte mais complicada é aguardar
a avaliação dos textos. Sabe como é... Você não tem certeza se
as atrocidades que saem de sua cabeça são boas até que alguém
endosse seu talento. Os outros passos foram tranquilos, o envio de
documentação e todo o resto. Tudo muito transparente. O trabalho
maior foi dos editores em organizar tudo com a qualidade que o
mercado exige.
- Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
É foda falar de
mercado... Ainda mais um como o editorial brasileiro, que fornece
represas de água fria para os novos autores. O que eu tenho a dizer
sobre isso é que coisa boa sempre vende. Isso é simples e é
verdadeiro. Você não pode culpar o mercado se não se dedica e só
produz mediocridades. Acho que o esforço prevalece; esforço e
qualidade, não importa a área que você escolha. Digo que tem muita
gente ruim querendo um bom lugar; não é assim que as coisas
acontecem.
- Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Claro
que sim, tem gente vivendo, não tem?
- De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
A
internet abre portas, te capacita e te promove. Acho que só
acrescenta. A inclusão de textos em blogs e mesmo a troca de
experiências entre autores tem sido fantástica. Montamos há pouco
tempo uma oficina com alguns autores; acho que com a internet isso
ficou muito mais fácil e produtivo.
- Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Se
não fosse Stephen King teria bem menos a dizer e não saberia como
dizer. O cara é um farol para escritores de suspense.
- Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Tenho
três romances em processo de revisão e outro em processo de
composição. Isso e contos, sites e publicações diversas. Meu
interesse é ser publicado e dar a próxima entrevista na tevê,
assim que agendarem com meu agente que ganhará muito mais do que eu
ganho hoje... Brincadeiras à parte, meu interesse é mesmo ganhar
expressão nesse mercado. Sou um entusiasta e acabo provando que se
vive não só de literatura, mas de literatura de suspense no Brasil.
Entrevista
realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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