quinta-feira, 13 de junho de 2013

Entrevista com os autores da The King (1): Afobório



Afobório é o pseudônimo do gaúcho Alexandre Durigon, organizador e um dos autores da The King. Editor e revisor de texto, tem participação em várias antologias, um romance e apresenta como seu mais novo trabalho o livro, Contos de Amor e Crime — Um Romance Violento. Demais escritos do autor você encontra em (www.afoborio.blogspot.com.br) e pela internet afora. E-mail para contato (afoborio@gmail.com).

1.      Afobório, como você e a literatura se conheceram?
Quando pequeno tive febre reumática e fiquei um bom tempo sem conseguir andar. Como não podia jogar futebol com meus amigos ganhei gosto pela leitura.

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Bem, eu sempre gostei de escrever, desde muito cedo, acho que essa curtição veio junto com a vontade de ler, e quando conheci o livro ‘A Coisa, do Stephen King’ eu pirei a cabeça. ‘É isso que quero fazer’ pensei. Acho que escrever uma boa estória é a maior coisa que um homem pode fazer.

3.      Por que participar de uma antologia?
Vejo como uma excelente maneira de divulgar o que a gente escreve, porque a antologia vai muito longe. Além do mais, eu tenho um apreço muito grande pelo conto. Na minha visão, quanto mais curto o texto, mais oportunidade você tem de que alguém leia e talvez, goste.

4.      Fale um pouco sobre a The King?
Eu acho que essa antologia tem uma qualidade muito boa. Além do mais, percebo que o time de autores que está aqui tem um comportamento profissional e isso eleva o nível do livro. Para quem gosta do gênero é uma excelente leitura.

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
Complexo! E para fazer uma boa antologia você tem que querer de verdade.

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
Eu acho que temos excelentes chances, só que a grande maioria perde tempo reclamando. Eu sempre digo que ‘Tem a turma que faz chover e a que espera por ela. E quem age com profissionalismo faz chover e consegue’.

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Eu acho que é! Eu trabalho só com literatura. Mas é claro que essa coisa de viver exclusivamente da venda do seu livro é impossível. Para abraçar a literatura é preciso ter qualidade e coragem. E digo mais, quando você pensa em pagar as suas contas com literatura, não pode querer ter vida de rico famoso, certas utopias só existem no romantismo do cinema e na indústria cultural de massa. Agora, sem dúvida nenhuma que um cara com a cabeça enfiada no meio da grana pode publicar um livro e se tornar um escritor. E com base na experiência que tenho o que eu vejo e ouço muito é gente pensando em escrever um livro, ‘bombar’ e ficar famoso e milionário de cara, e nessas horas eu tenho uma vontade...

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Ela me é fundamental. O internauta sempre foi meu aliado.

9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Bem, ele me inspira de todas as formas possíveis. Gosto não só da estrutura do texto do King, como também do poderio que só as palavras dele conseguem ter. E se um dia eu escrever uma unha do que escreve o King, poderei dizer ‘Sou um homem de muita sorte’.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Concluí o meu segundo romance ‘Contos de Amor e Crime — Um Romance Violento’. Pretendo rodá-lo o mais rápido possível. Contudo, atualmente ando correndo muito com as edições e as revisões, mas se tudo sair como acredito, lançarei ainda esse ano a porra do livro. No mais, tenho várias antologias em andamento, entre elas destaco ‘O Mistério Das Sombras’ que homenageia o Poe, assim como fizemos com o King.

De resto, sorte, luz e King, sempre!



Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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