terça-feira, 20 de agosto de 2013

Entrevista com os autores da The King (39): Vinicius Cardoso



Vinicius G.S. Cardoso, um dos autores da The King, é um escritor amador de dezoito anos. Sempre foi fissurado por livros e desde que descobriu esse mundo aos sete anos — com Harry Potter e a Pedra Filosofal — descobriu o quanto gostava de imaginar e criar coisas. Aos treze escreveu sua primeira fanfic. Aos quinze descobriu os livros do mestre do terror e a partir daí começou a escrever seus próprios contos, com temas dos mais variados. Contato com o autor (vinigabriel15@hotmail.com).

1.      Vinicius, como você e a literatura se conheceram?

Aos sete anos, quando comprei meu primeiro livro do Harry Potter. A história era diferente de tudo que eu jamais havia visto, e os personagens eram muitos carismáticos e os vi como meus amigos por muito tempo. A partir daí me interessei por todo tipo de história que me pareceu interessante e envolvente.

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Criar sempre foi algo que me inspirou. Desde pequeno já inventava histórias para meus brinquedos, e criava aventuras. O cinema também me ajudou muito, as histórias que se passavam nas telas me entretiam e me inspiravam também. Eu queria criar histórias como aquelas

3.      Por que participar de uma antologia?

Primeiramente pelo desafio de escrever algo inusitado, puxar os limites e ver o que sai. Pensar uma semente de história e vê-la germinar. Em segundo lugar a intenção de gerar algum reconhecimento, quero que as pessoas leiam o que eu tenho a escrever e espero que elas gostem

4.      Fale um pouco sobre a The King?

A antologia realmente foi um desafio que me atraiu muito. Há muito tempo leio as histórias do Mestre, e me interessei muito no desafio de escrever o meu próprio conto de terror. Isso e o apoio dos meus amigos me motivaram a escrever a história que mais me interessava contar. Uma das, já que a ideia me motivou a escrever outras coisas

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?

Acho que uma antologia não é só sobre reunir escritores de qualidade, mas também escritores interessados e que tem potencial. Acredito que seja importante essa compilação para o público notar os talentos que temos por aí, notar a quantas histórias estão esperando para serem contadas, quantos lugares, eventos, personagens e talentos novos nós todos temos para descobrir

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?

Claramente está crescendo, hoje em dia temos muitos talentos se destacando no Brasil e afora, com excelente material. Como Carolina Munhóz, Raphael Draccon, Afonso Solano. São histórias incrivelmente originais e é o que está faltando hoje em dia. Acho mesmo que o povo brasileiro tem muita criatividade e histórias originais para contar, acho bom que a editora esteja dando essa oportunidade para todos nós e para a literatura brasileira

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?

Acredito que sim. Porém é difícil, o público brasileiro não se volta muito para a arte nacional como um todo, mas acho que uma grande obra pode conquistar o publico daqui, e faze-los perceber que o brasileiro tem um potencial artístico muito forte. Como Tropa de Elite, por exemplo, ajudou a acabar com esse tabu e muitas obras literárias nacionais ganham muito espaço aqui, e também lá fora. Como os quadrinhos brasileiros, dá pra citar um sem nome de artistas que estão ficando famosos lá fora e que ainda não tem reconhecimento suficiente no Brasil, mas são bem sucedidos.

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?

A internet é uma fonte inesgotável de referência, cultura, arte e por muitas vezes é um excelente guia, afinal nela está contida vários tipos de mídia, e para se escrever um livro ou até mesmo um conto consultar livros pode ser o suficiente, mas ir atrás de vídeos, filmes, imagens, quadrinhos e até outros textos pode ser ainda melhor.

9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?

Stephen sabe como explorar o psicológico de seus personagens, afinal é aí que o terror está, na mente. É assim que eu procuro escrever os meus contos, de uma visão subjetiva. Aquilo é um fantasma? É uma voz? Ou é só um galho quebrando? Os personagens raramente se dão conta de que estão num cenário de terror até o ultimo segundo, e é assim que quero que o leitor se sinta, como nos livros de Stephen King, que tudo é suspense, até o ultimo segundo, quando não há escapatória e o terror entra.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?

Já tenho seis capítulos de um livro próprio, de ficção, pretendo que seja só um, porém tenho uma série de contos finalizados, e outros que começaram como contos, mas tem potencial para um, dois ou mais livros. Por enquanto estou tentando criar um livro com material bom, simples e de qualidade, para lançar no mercado e caso haja uma resposta boa pretendo lançar livros melhores e mais complexos e quem sabe um dia ganhar dinheiro com minha literatura e minhas histórias.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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