Zé
Wellington, um dos autores da The King,
é administrador por formação, mas escritor por paixão. Como quadrinista, é
editor do Gattai Zine e criador e roteirista do projeto Interludio, indicado ao
Troféu HQMIX 2010 na categoria melhor edição única independente. Na literatura
fantástica, tem participado de diversas coletâneas e revistas especializadas,
entre elas a Somnium (publicação do Clube dos Leitores de Ficção Científica do
Brasil) e a coletânea História Fantástica do Brasil (Editora Estronho). Mora em
Sobral, no Ceará, com sua esposa e, como não podia deixar de ser, seus cinco
gatos. Contato com o autor (zewellington@live.com).
1.
Zé Wellington, como você e a literatura
se conheceram?
Quando
eu fazia a quinta série, minha mãe sempre comprava todos os livros paradidáticos
no início do ano. Se os outros garotos gostavam de jogar videogame, eu preferia
devorar todos os livros antes das aulas iniciarem. Mas foi só quando comecei a
fazer quadrinhos que senti que também poderia me aventurar na literatura.
2.
Por que a profissão de escritor lhe
interessou?
Não
exerço profissionalmente a literatura ainda, sou administrador por formação.
Mas contar histórias é algo que me fascina. Ando pelas ruas sonhando com elas,
então por que não colocá-las no papel?
3.
Por que participar de uma antologia?
Para
um autor sem romances publicados, ter a possibilidade de mostrar seu trabalho
junto de outros autores é sempre interessante. É um caminho mais fácil para
chegar aos seus primeiros leitores.
4.
Fale um pouco sobre a The King?
Seria
IMPOSSÍVEL ficar de fora desta antologia em homenagem ao rei. É minha grande
influência na literatura. Coincidentemente tinha feito um conto baseado numa
ideia que tive lendo um texto do Stephen King (“Parto em casa”, publicado no
Brasil na coletânea Pesadelos e Paisagens
Noturnas – Volume 1) que estava guardado esperando um lugar para ser
publicado. Encontrou sua casa natural.
5.
Como você define o processo que envolve
a compilação de uma antologia?
Deve
ser estafante ler tantos inscritos e escolher os melhores. Mas foi bacana a
forma como os organizadores envolveram os participantes. Disponibilizar-se para
editar uma antologia nesse porte é um trabalho louvável.
6.
Como você vê o mercado editorial
brasileiro para os novos autores?
Ainda
não vivemos o mundo ideal, mas muito já se conseguiu. As possibilidades de
autopublicação parecem cada vez mais reais e o número de editoras pequenas vem
aumentando, possibilitando a publicação de mais livros. As perspectivas são as
melhores.
7.
Em sua opinião, é possível viver de
literatura no Brasil?
Sim,
já que existem autores que assim o fazem. Mas ainda é um mercado para poucos,
como a maioria das atividades relacionadas à cultura no país.
8.
De que maneira a internet atua em sua
vida de escritor?
Em
todas. Não consigo imaginar algum conto meu publicado em um mundo sem internet.
É, sem dúvida, a melhor forma de criar uma rede de contatos e entender o que
está acontecendo no meio literário.
9.
Qual a influência de Stephen King em sua
literatura?
A
forma como King brinca com a luz e as sombras nos seus contos é um caminho que
eu busco nos meus textos. A naturalidade com a qual ele passeia pela fantasia,
fortemente engrenada nos dramas pessoais dos seus personagens, é única e é um
patamar que eu desejo atingir.
10.
Para encerrar: quais teus planos daqui
pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Estou
finalizando meu primeiro livro, um terror sobrenatural no Brasil colônia. Além
disso, minha primeira graphic novel,
financiada por um edital cultural, está avançada e tem previsão de lançamento
ainda em 2013. Pela frente vêm também várias publicações em antologias do
gênero de literatura fantástica e de quadrinhos.
Entrevista realizada
pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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