quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Entrevista com os autores da The King (41): Zé Wellington


Zé Wellington, um dos autores da The King, é administrador por formação, mas escritor por paixão. Como quadrinista, é editor do Gattai Zine e criador e roteirista do projeto Interludio, indicado ao Troféu HQMIX 2010 na categoria melhor edição única independente. Na literatura fantástica, tem participado de diversas coletâneas e revistas especializadas, entre elas a Somnium (publicação do Clube dos Leitores de Ficção Científica do Brasil) e a coletânea História Fantástica do Brasil (Editora Estronho). Mora em Sobral, no Ceará, com sua esposa e, como não podia deixar de ser, seus cinco gatos. Contato com o autor (zewellington@live.com).

1.      Zé Wellington, como você e a literatura se conheceram?

Quando eu fazia a quinta série, minha mãe sempre comprava todos os livros paradidáticos no início do ano. Se os outros garotos gostavam de jogar videogame, eu preferia devorar todos os livros antes das aulas iniciarem. Mas foi só quando comecei a fazer quadrinhos que senti que também poderia me aventurar na literatura.


2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Não exerço profissionalmente a literatura ainda, sou administrador por formação. Mas contar histórias é algo que me fascina. Ando pelas ruas sonhando com elas, então por que não colocá-las no papel?

3.      Por que participar de uma antologia?
Para um autor sem romances publicados, ter a possibilidade de mostrar seu trabalho junto de outros autores é sempre interessante. É um caminho mais fácil para chegar aos seus primeiros leitores.

4.      Fale um pouco sobre a The King?

Seria IMPOSSÍVEL ficar de fora desta antologia em homenagem ao rei. É minha grande influência na literatura. Coincidentemente tinha feito um conto baseado numa ideia que tive lendo um texto do Stephen King (“Parto em casa”, publicado no Brasil na coletânea Pesadelos e Paisagens Noturnas – Volume 1) que estava guardado esperando um lugar para ser publicado. Encontrou sua casa natural.


5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?

Deve ser estafante ler tantos inscritos e escolher os melhores. Mas foi bacana a forma como os organizadores envolveram os participantes. Disponibilizar-se para editar uma antologia nesse porte é um trabalho louvável.


6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?

Ainda não vivemos o mundo ideal, mas muito já se conseguiu. As possibilidades de autopublicação parecem cada vez mais reais e o número de editoras pequenas vem aumentando, possibilitando a publicação de mais livros. As perspectivas são as melhores.


7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?

Sim, já que existem autores que assim o fazem. Mas ainda é um mercado para poucos, como a maioria das atividades relacionadas à cultura no país.


8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?

Em todas. Não consigo imaginar algum conto meu publicado em um mundo sem internet. É, sem dúvida, a melhor forma de criar uma rede de contatos e entender o que está acontecendo no meio literário.


9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?

A forma como King brinca com a luz e as sombras nos seus contos é um caminho que eu busco nos meus textos. A naturalidade com a qual ele passeia pela fantasia, fortemente engrenada nos dramas pessoais dos seus personagens, é única e é um patamar que eu desejo atingir.


10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?

Estou finalizando meu primeiro livro, um terror sobrenatural no Brasil colônia. Além disso, minha primeira graphic novel, financiada por um edital cultural, está avançada e tem previsão de lançamento ainda em 2013. Pela frente vêm também várias publicações em antologias do gênero de literatura fantástica e de quadrinhos.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário