Robson Oliveira Gundim, um dos autores da The King, nasceu na cidade de Gandu-Ba.
Reside atualmente em Jequié. É estudante universitário, desenhista e escritor.
Autor do livro Entre o céu e o mar – Uma odisseia além do oceano, também
participou da antologia O último dia antes do fim do Mundo, e Amores Impossíveis.
Sempre foi amante da literatura e da sétima arte, e se prepara para lançar o
seu novo livro que faz parte da saga Entre o Céu e o Mar, Nos montes da
Inocência na Bienal de dois mil e treze. E-mail para contato
(robson_gundim@hotmail.com).
1.
Robson, como você e a literatura se
conheceram?
Comecei
a me interessar pela literatura desde o momento em que eu aprendi a ler e
escrever. A minha infância, apesar de idílica, foi um tanto solitária, e creio
que por essa razão acabou contribuindo para o meu interesse em viajar nas páginas
dos livros e, posteriormente, criar o meu próprio mundo. Tive acesso a muitos
livros, quadrinhos e diversas informações, fator também contribuinte para as
ideias que passei a culminar até escrever o meu primeiro livro.
2.
Por que a profissão de escritor lhe
interessou?
Primeiro
porque eu aprendi a amar a literatura, e não sei do que seria de mim sem a
escrita. É algo que eu faço com amor, interesse, devoção e paixão, e claro,
muita disciplina. Sendo um escritor, eu posso ditar as minhas “próprias
regras”, exceder os maiores limites que possam interceder no meu caminho e
viver, através de outras vidas, aquilo que eu busco e almejo. Como diria
Virginia Woolf, ser lido é um prazer superficial; escrever é que é o verdadeiro
prazer.
3.
Por que participar de uma antologia?
Repartir
um campo literário com outros escritores é algo fascinante. É interessante ter
um texto, uma vida ou uma parte de si, compactuada a outros grandes e
maravilhosos trabalhos. Denota força, energia... A ideia que passa é de união,
de equipe. Todos nós trabalhamos e progredimos juntos, e agora, seguimos no
mesmo voo, movidos pelo ideal que nos uniu.
4.
Fale um pouco sobre a The King?
Quando
eu fiquei sabendo da antologia, embarquei com tudo. Ainda antes ler todas as
regras e conferir os prazos, já rabiscava o conto numa folha de papel. O
primeiro fator deve-se ao fato de prestigiarmos um verdadeiro rei da
literatura. É sempre uma honra poder homenagear um mestre ao bom uso de suas
palavras. Escrever algo que preste tributo ou mesmo remeta a Stephen King, sem
dúvidas é no mínimo encantador. O mundo de King é de uma incomensurável
vastidão, e quando você lida com esse mundo, é impossível escapar dele.
Escrevendo sobre King, ainda que nas entrelinhas, não tem como sucumbir a
bloqueios criativos ou qualquer derivado disso. Tudo é muito inspirador. Outro
motivo que também me fez mergulhar de agulha no projeto foi a Multifoco, minha
primeira editora. Sabia que com ela tudo poderia dar certo.
5.
Como você define o processo que envolve
a compilação de uma antologia?
Quando
eu leio a palavra “antologia”, “trabalho em equipe” é a primeira frase que me
vem à cabeça. Nesse caso, todos nós formamos uma roda, e “Stephen King” é o
eixo dela. Trabalhamos prazerosamente em prol de uma meta, e eu creio que no
Brasil as antologias são essências para escritores iniciantes, mediante as
dificuldades de divulgação e reconhecimento a nível nacional. A antologia favorece
seus autores, porque todos estarão se ajudando, trabalhando mutuamente e
fazendo propagar em maior quantidade o número de seus leitores.
6.
Como você vê o mercado editorial
brasileiro para os novos autores?
Felizmente
o mercado editorial brasileiro tem crescido bastante. O Brasil, embora seja um
país de "não-leitores", passou a evoluir gradativamente no âmbito da
cultura e da literatura em geral. Ainda estamos longe de um resultado satisfatório,
mas o mercado tem favorecido a muitos escritores que ainda tem o sonho de ter a
sua obra publicada. Os jovens principalmente. Graças a internet (uma ferramenta
que também alavancou muitas mentes engenhosas e criativas) passamos a lidar
melhor com o mercado e adquirir mais admiradores dessa arte pela qual tanto nos
orgulhamos em poder criar; a arte de brincar com as palavras.
7.
Em sua opinião, é possível viver de
literatura no Brasil?
Na
minha opinião, essa possibilidade sempre existiu, porém hoje está bastante
limitada devido ao grande número de autores e, do mesmo modo, ao limite que a
maioria das editoras impõe no mercado. A partir do momento em que você começa a
se doar para a literatura e encantar as pessoas pelo que você cria, automaticamente
você já está vivendo dela. Infelizmente muitos pensam que viver da escrita, ou
“ser um escritor profissional”, se resume a uma vida cuja graça esteja nas
entrevistas ininterruptas, nas manchetes dos jornais ou mesmo nas mais altas
colunas da mídia... Para mim, isso é uma utopia. Agora, um fato: para viver da
escrita, o escritor necessita de um alto nível de reconhecimento, e é aí que
entra uma das maiores – senão a maior – dificuldade na vida de um autor. No
Brasil, a impressão que eu tenho é que existem mais escritores do que leitores.
A demanda é grande, e nem todas as editoras comportam. Viver de literatura aqui
não é impossível, mas se o governo investisse mais na educação e desse um maior
valor aos livros, favorecendo aos autores nacionais, a nossa realidade seria
totalmente diferente.
8.
De que maneira a internet atua em sua
vida de escritor?
De
uma maneira quase que universal. O processo da escrita é sagrado, e quando eu
escrevo, me desligo do mundo real – principalmente da internet! Mas quando a
questão é divulgação, promoção e reconhecimento, a internet é o meu grande
trunfo. As redes sociais são as melhores opções, e posso dizer com toda certeza
que foi a partir delas que eu consegui criar coragem para enviar meus textos às
editoras. Não fosse a intervenção da internet na minha vida, eu estaria, ainda,
escrevendo somente para mim. Sem mencionar que, além de tudo isso, a internet
nos favorece no que diz respeito as pesquisas. O que seria de uma boa história
sem um aprofundado estudo? Eu geralmente escrevo sobre diferentes culturas,
línguas e costumes, e a internet é uma grande porta para outros inimagináveis –
ou não – lugares do mundo.
9.
Qual a influência de Stephen King em sua
literatura?
A
versatilidade para lidar com as palavras é um quesito inegável. Lendo Stephen
King eu passei a construir personagens e situações inesperadas da maneira mais
simples possível, porque uma das maiores qualidades da literatura de King, a
meu ver, está no seu jeito de contar histórias, mas sem perder o carisma como
narrador, seja sério, humorado, sarcástico, misterioso... Eu também costumo a
usar a metodologia King como uma experiência de vida, partindo da sua própria
historia de vida desde quando começou a escrever até se tornar o fenômeno que
todos nós conhecemos, admiramos e respeitamos.
10.
Para encerrar: quais teus planos daqui
pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
A estrada é longa, e darei procedência ao meu trabalho caminhando sobre ela! Bem, tenho alguns trabalhos concluídos, outros publicados e muitos outros engavetados! “Entre o Céu e o Mar” trata-se da minha saga literária, foi a primeira obra que eu escrevi e publiquei (partindo de 2002 até alcançar as portas das editoras em 2012). O livro é amplamente ilustrado, cheio de tramas envolvendo piratas e personagens inesquecíveis e carismáticos. Foi publicado pelo selo Dimensões, da editora Multifoco.
Quanto aos planos... Em 2007, eu já havia dado início a "Vanishing Point", uma trama de vingança repleta de façanhas, personagens exagerados, artes marciais ao estilo de Quentin Tarantino e muito humor negro (a obra também é ilustrada, e já foi concluída), pretendo publicá-la ano que vem. Em 2008 escrevi um romance policial dentro dos moldes dos filmes dos anos 70, envolvendo assassinatos, mistérios e muitas charadas, (tudo sob o céu da grande Hong Kong), com o título de “Ponto Instantâneo”. Devo admitir que empunho enorme respeito a esse livro, mas não revelarei mais do que isso. Por hora, ambos os projetos mencionados estão engavetados, apenas no aguardo de sua "libertação".
Em 2012 participei da antologia “O último dia antes do fim do mundo”, junto aos Ases da Literatura, que foi organizado pela autora Lycia Barros. Na bienal do Rio 2013, estarei lançando o mais novo volume de Entre o Céu e o Mar, intitulado “Nos montes da Inocência”, onde o leitor irá desvendar os maiores mistérios de Annette Legrand, novamente desbravando belas paisagens todas ilustradas. Há, também, alguns manuscritos inacabados que pretendo remexer e dar continuidade, assim como uma provável antologia envolvendo Annette Legrand e Richter Belmont, personagens que prestam tributo à série Castlevania e lideram a saga Entre o Céu e o Mar.
Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
A estrada é longa, e darei procedência ao meu trabalho caminhando sobre ela! Bem, tenho alguns trabalhos concluídos, outros publicados e muitos outros engavetados! “Entre o Céu e o Mar” trata-se da minha saga literária, foi a primeira obra que eu escrevi e publiquei (partindo de 2002 até alcançar as portas das editoras em 2012). O livro é amplamente ilustrado, cheio de tramas envolvendo piratas e personagens inesquecíveis e carismáticos. Foi publicado pelo selo Dimensões, da editora Multifoco.
Quanto aos planos... Em 2007, eu já havia dado início a "Vanishing Point", uma trama de vingança repleta de façanhas, personagens exagerados, artes marciais ao estilo de Quentin Tarantino e muito humor negro (a obra também é ilustrada, e já foi concluída), pretendo publicá-la ano que vem. Em 2008 escrevi um romance policial dentro dos moldes dos filmes dos anos 70, envolvendo assassinatos, mistérios e muitas charadas, (tudo sob o céu da grande Hong Kong), com o título de “Ponto Instantâneo”. Devo admitir que empunho enorme respeito a esse livro, mas não revelarei mais do que isso. Por hora, ambos os projetos mencionados estão engavetados, apenas no aguardo de sua "libertação".
Em 2012 participei da antologia “O último dia antes do fim do mundo”, junto aos Ases da Literatura, que foi organizado pela autora Lycia Barros. Na bienal do Rio 2013, estarei lançando o mais novo volume de Entre o Céu e o Mar, intitulado “Nos montes da Inocência”, onde o leitor irá desvendar os maiores mistérios de Annette Legrand, novamente desbravando belas paisagens todas ilustradas. Há, também, alguns manuscritos inacabados que pretendo remexer e dar continuidade, assim como uma provável antologia envolvendo Annette Legrand e Richter Belmont, personagens que prestam tributo à série Castlevania e lideram a saga Entre o Céu e o Mar.
Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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