Ricardo Santos, um dos autores da The King, nasceu em Salvador, em mil novecentos e setenta e sete.
Com o conto O diálogo, ganhou o primeiro lugar do concurso Exercícios Urbanos,
promovido pelo Portal Literal, em dois mil e seis. Publicou em dois mil e oito,
o livro de viagens Homem com Mochila (edição do autor). Formado em jornalismo,
atualmente é servidor público. Contato com o autor (ricardosantos.77@hotmail.com).
1.
Ricardo Santos, como você e a literatura
se conheceram?
Meu
gosto pela leitura começou ainda criança, quando meus pais assinavam para mim e
para meu irmão mais novo revistas em quadrinhos da Disney e da Turma da Mônica.
Já adolescente, as aulas de Literatura na escola me despertaram para os
clássicos. Na verdade, mérito maior das obras do que dos professores. Depois me
interessei por quadrinhos menos convencionais, por autores contemporâneos e de
gêneros como policial e terror.
2.
Por que a profissão de escritor lhe
interessou?
Mais
do que uma profissão, a escrita é uma paixão. Sou um leitor voraz. Por isso, os
mecanismos da escrita de ficção sempre me fascinaram. Um romance ou conto tem
um poder incrível, diferente de outras mídias, de gerar todo tipo de reação,
das mais intensas, apenas usando-se palavras.
3.
Por que participar de uma antologia?
É uma oportunidade de seu trabalho
ser conhecido, comentado. Um estímulo para levar adiante projetos mais
ambiciosos.
4.
Fale um pouco sobre a The King?
A
antologia é uma ótima oportunidade para o leitor ter contato com novos autores
do terror nacional, além de prestar homenagem a um mestre do ofício.
5.
Como você define o processo que envolve
a compilação de uma antologia?
A
edição de uma antologia é um processo complicado porque tem que satisfazer o
ego não de um escritor, mas de vários. Por isso, o profissionalismo dos editores
é fundamental para que prazos sejam cumpridos e o produto final seja o melhor
possível.
6.
Como você vê o mercado editorial
brasileiro para os novos autores?
É um mercado em expansão. Há muitas
editoras, pequenas e grandes, operando no País. Há livros de todos os preços. E
a internet facilita a divulgação e a compra deles. O problema hoje não é
publicar, mas conquistar leitores. A leitura por prazer, em grande escala, é
algo ainda recente no Brasil.
7.
Em sua opinião, é possível viver de
literatura no Brasil?
De
escrever ficção, de direitos autorais, poucos conseguem. Agora é possível viver
de literatura se a pessoa se envolver com o mercado editorial, como editor,
tradutor, ilustrador, revisor de texto, palestrante, ministrando cursos etc.
8.
De que maneira a internet atua em sua
vida de escritor?
Já há muito tempo a internet é a
melhor maneira de alguém divulgar seus textos e discutir sobre eles,
diretamente com o leitor. E hoje é possível até mesmo comercializar seu
trabalho apenas pela internet com bons resultados.
9.
Qual a influência de Stephen King em sua
literatura?
Ele
é ótimo em escrever tramas em que os personagens se encontram em situações-limite,
com a tensão crescente.
10.
Para encerrar: quais teus planos daqui
pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Quero
continuar publicando na internet, participando de concursos e antologias.
Também pretendo começar em breve a escrever um livro de contos de maior fôlego.
Entrevista realizada
pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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