sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Entrevista com os autores da The King (31): Renato G. Cunha




Renato G. Cunha, um dos autores da The King, é Engenheiro Civil pós-graduado em Tecnologia da Informação. Teve seu primeiro livro publicado aos vinte e dois anos de idade, no estilo Western. Publicou também dois contos na Coletânea O Grimoire dos Vampiros e mais dois em UFO – Contos não identificados. Publicou o livro Os Homens sem Rosto, pela Ed. Multifoco, lançado na Bienal de S. Paulo em dois mil e dez. Contato como autor (renatoocunha@ig.com.br).

1.      Renato, como você e a literatura se conheceram?
Sempre fui um leitor apaixonado de clássicos, romances históricos, terror e história propriamente dita, influenciado por minha avó e meus tios, todos amantes da cultura.
 
2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Acho que todo o leitor realmente apaixonado sonha um dia em escrever a estória perfeita. Como um fã do horror, é claro que me inclinei para o gênero, escrevendo meus contos desde meus 15 anos.

3.      Por que participar de uma antologia?
Antologias são, em minha opinião, um excelente teste e treinamento para quem pretende escrever.  São vitrines onde trabalhos do autor aparecem junto com os de outros, permitindo uma grande troca de experiências e informações.

Fale um pouco sobre a The King?
A antologia The King visa a homenagear um dos maiores escritores atuais do gênero, um autor que revolucionou a arte do horror, trazendo-o para nosso cotidiano moderno, para o subúrbio americano. Tal antologia homenageando um expoente da arte  é uma preciosa oportunidade para qualquer um que deseje ver seu trabalho reconhecido e avaliado.  
4.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
Um processo de escolha muito delicado, pois sua perfeita sintonia assemelha-se muito a uma orquestra sinfônica. Não deve bastar apenas a qualidade individual das estórias compiladas, mas a sua adequação ao todo do livro.

5.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
É um mercado fechado, onde raríssimas oportunidades são dadas. O autor deve aliar a excelência de seu trabalho a um perfeito marketing pessoal, para furar a grossa camada de gelo que os separa do público leitor. As Editoras nesse ponto, pouco tem feito para ajudar.

6.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
É possível, mas para uma camada muito especial de escritores, que é a dos que encontraram seu nicho e seu público, convencendo as editoras e investirem neles.

7.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Apesar de analista de sistemas durante 23 anos, ainda não usei plenamente essa ferramenta. Por falta de tempo ainda não tenho um blog ou uma página sobre literatura. Pretendo usá-la mais amiúde daqui para frente.

8.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Toda influência. Os que lêem meus contos identificam uma forte influência americana, uma forte influência de Stephen King. Procuro ser, como ele, mais conciso, conduzindo a estória com um “timing” que prenda o leitor até a conclusão. Nisso, o homem é um mestre.

9.      Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já têm um livro na manga, projetos, publicações?
Estou com mais quatro contos se candidatando a várias coletâneas. Um deles acabou de ser escolhido pela Multifoco para a coletânea sobre Poe. Tenho um livro pronto para ser mostrado à editora, com contos de horror que se passam no mar, quer num submarino alemão, quer em uma expedição viking do século IX, quer ainda a bordo de um veleiro de cruzeiro. Como me dedico à história germânica e naval, sinto-me bastante a vontade nesse campo.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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