sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Entrevista com os autores da The King (27): Michel Alves Lopes



Michel Alves Lopes é um dos autores da The King. Vinte e quatro anos, nascido no dia vinte e oito de agosto de mil novecentos e oitenta e oito, natural de CEILÂNDIA-DF. Atualmente é estudante de Design gráfico e consultor de vendas. Um grande fã da vida e obra do escritor Stephen King e outros do gênero. Contato com o autor (michel.alves23@gmail.com).

1.      Michel, como você e a literatura se conheceram?
R: Um amigo me indicou um livro para ler. Segundo o próprio: “A coisa mais legal que já vi!” O tal livro contava a historia de um carro antigo com vida própria e instinto assassino...

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
R: Na verdade começou por acaso. Escrevíamos contos entre amigos e discutíamos as ideias usadas. Tornou-se uma brincadeira à toa entre nós até que resolvi participar de concursos para antologias. Ver o seu trabalho selecionado dentre tantos outros do gênero cria uma nova realidade sobre sua própria dedicação a literatura.

3.      Por que participar de uma antologia?
R: Porque foi o meio mais acessível que encontrei para ter meu nome em um livro. É bem verdade que o mercado editorial brasileiro evoluiu nos últimos anos, mas para um escritor amador a tarefa ainda está bastante árdua.

4.      Fale um pouco sobre a The King?
R: Stephen King é o maior escritor de todos os tempos por todos os seus trabalhos e influência. Participar de um concurso que homenageia tal pessoa seria uma obrigação da minha parte. “The King” será leitura obrigatória daqui uns anos para os amantes do gênero e espero de verdade que o próprio homenageado tome conhecimento da construção dessa obra em seu nome.

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
R: Acredito que seja o modo mais democrático para escolher trabalhos amadores. Escrever, editar e revisar um trabalho por outro modo seria bem mais penoso.

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
R: Apesar de o cenário ter mudado favoravelmente de uns anos para cá, ainda vejo o mercado editorial bastante restrito para novos autores. Existe certa resistência das grandes editoras em enxergar futuro comercial promissor em ideias de pessoas ainda não consagradas e também há preconceito por parte dos leitores em perceber qualidade nas obras assinadas por pessoas de nomes comuns — não estrangeiros.

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
R: Essa é uma pergunta difícil. São poucos os que conseguem e varia muito do que o autor percebe como profissão, pois uns escrevem um livro por semestre para cumprir contratos e seguem tendências de mercado para sobreviver no ramo. Outros acham mais importantes o livro e não quem o fez, então, em minha opinião, atualmente acho difícil que alguém que se importe realmente com seu trabalho e viva exclusivamente de literatura.

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
R: A internet é minha maior fonte de pesquisa atualmente. Entro em sites que publicam contos, já participei de alguns deles. Pesquiso editoras, blogs e afins para saber como anda o cenário para escritores do gênero.

9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
R: O primeiro livro que li do King foi “Christine” e logo em seguida li o “Cemitério”. Foi rápido perceber que se tratava de um escritor muito diferente de tudo o que já havia lido na vida. Mas foram as obras “Tripulação de esqueletos” e “Sombras da noite” que realmente me influenciou a escrever contos.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
R: Tenho a ambição de publicar um livro de contos no mesmo estilo de “Sombras da noite”. Já tenho alguns textos prontos e o teste para saber se está realmente ficando aceitável foi este meu texto selecionado para o THE KING. Tenho fé que conseguirei escrever mais alguns bons contos e quem sabe no futuro conseguir publica-los pela editora Multifoco. Já tive outro conto (chamado Cheiro de túmulo) selecionado por uma editora de São Paulo, mas não participei da antologia na época por problemas pessoais.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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