Cyro
Brayner é um dos autores da The King.
Nascido em Arcoverde, interior pernambucano, em vinte de julho de mil
novecentos e noventa, embora seja integrante de uma família de
educadores, optou pela carreira jurídica, concluindo o curso de
Direito no final de dois mil e doze, quando também se tornou
advogado. Foi em dois mil e nove que começou a escrever seus contos,
inspirado em grandes escritores, atualmente se empenha na arte da
escrita. Contato com o autor (cyrobrayner@hotmail.com).
- Cyro, como você e a literatura se conheceram?
Desde muito cedo
minha mãe me incentivou à leitura, mas só tomei o gosto realmente
a partir dos 14 anos, quando li “Sonhos de uma noite de Verão”
de Shakespeare, uma versão adaptada. Mergulhei na leitura e viajei
para dentro da história. Desde então me tornei amigo leal da
literatura. Mas o contato com Stephen King só ocorreu muito tempo
depois quando li “O Pistoleiro”, da série a Torre Negra.
- Por que a profissão de escritor lhe interessou?
O
sonho de ser escritor começou a partir da adolescência e desde
então esteve presente em minha vida, em todos os momentos. Sempre
tive uma imaginação fértil e, assim como a leitura, a escrita pode
te levar para lugares incríveis, não há limites, é como mergulhar
dentro dos seus sonhos.
Não
há nada mais gratificante do que conseguir trabalhar com aquilo que
te agrada, o que realmente lhe dá prazer de fazer todos os dias. Uma
frase atribuída a Confúcio reflete bem o que penso: “Escolhe um
trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua
vida.”
- Por que participar de uma antologia?
Acredito
que seja o modo mais fácil de que um escritor iniciante dispõe para
ter a oportunidade de ser publicado, sem custos. É uma forma de
praticar e aprimorar a escrita, de divulgar o trabalho do novo
escritor.
- Fale um pouco sobre a The King?
Primeiramente
acredito que seja uma ótima oportunidade para os escritores
iniciantes. Vejo uma coletânea repleta de suspense e terror, criada
por apaixonados pela literatura que tem o Rei como inspiração. Além
dos iniciantes há também escritores já experientes que abrilhantam
ainda mais a obra com uma escrita e técnicas mais lapidadas ao longo
de anos. Ora, uma verdadeira homenagem ao grande Rei do terror, feita
por fãs que almejam um dia ser como o mestre, O Rei.
- Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
Árduo.
Verdadeiramente um processo complexo e longo, que requer paciência e
dedicação por parte dos organizadores que têm de reunir e avaliar
vários textos, diagramar e revisar, dando uniformidade e beleza à
antologia. De fato, um trabalho hercúleo (risos).
- Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
Muito
embora as coisas estejam bem mais fáceis para os escritores
iniciantes hoje em dia, penso que a luta que têm de travar para
entrar no mercado editorial ainda é muito dura, que requer qualidade
e profissionalismo, além, claro, do fator comercial da obra. Além
de escritores inovadores, o mercado editorial busca obras que atraiam
o público.
- Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Creio
que não seja uma tarefa tão fácil ter como única profissão a
literatura, pelo menos aqui no Brasil. Observo que grande parte dos
escritores brasileiros alterna entre a profissão como escritor e
outra que lhe traga uma garantia de subsistência, até porque o
Brasil ainda não é um país de muitos leitores. Por isso, para
conseguir viver apenas da literatura um escritor tem de batalhar
muito, suar bastante, para conseguir essa façanha.
- De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Primeiramente, se
não fosse por ela jamais teria participado da antologia “The
King”, provavelmente meus escritos ficariam restritos à gaveta e
aos leitores mais próximos. Portanto, penso que a internet
desempenha um papel fundamental não só na minha, mas na jornada de
qualquer escritor iniciante, pois, além de uma ótima ferramenta de
divulgação é também um mecanismo de pesquisa eficiente. Com a
internet tudo ficou (um pouco) mais fácil, de modo que um escritor
iniciante pode utilizar meios gratuitos como blogs, redes sociais,
Youtube, etc., para divulgar seus trabalhos para uma enorme gama de
leitores e o melhor de tudo: sem custos exorbitantes (ou sem qualquer
custo).
- Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Adoro
a forma como Stephen King escreve, ele não tem papas
na língua.
Gosto de tirar como exemplo do Rei principalmente isso, a facilidade
que ele tem de tratar dos assuntos, sem falar da forma como ele
consegue nos levar para dentro de suas obras. Depois que li “O
nevoeiro”, um dos contos do livro “Tripulação de Ossos”, às
vezes me pego pensando: E
se um nevoeiro como aquele surgisse aqui quando eu tivesse num
supermercado? Como as pessoas reagiriam?
- Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Tenho
alguns projetos em andamento, um deles para um futuro próximo -
assim espero -, outro para um futuro não tão próximo assim.
Acredito que ainda demore um pouco para publicar o primeiro, uma vez
que pretendo deixá-lo bem lapidado antes de publicar, mas enquanto
esse dia não chega vou escrevendo contos e tentando publicá-los em
antologias que surgem por aí, até porque vejo como uma oportunidade
de amadurecer a cada texto que produzo.
Entrevista
realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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