quinta-feira, 18 de julho de 2013

Entrevista com os autores da The King (15): Gustavo Guilherme


Gustavo Guilherme, um dos autores da The King, nasceu em Vitória (ES) em mil novecentos e oitenta e seis. Sua primeira publicação foi um conto na coletânea Expresso 600 (Andross Editora, dois mil e seis). É responsável pelo blog Curtasbreves, onde regularmente publica micronarrativas, contos, crônicas, poemas e HQs. Gustavo é pai, marido, cinéfilo incurável e roteirista de quadrinhos. Contato com o autor (gustavoguilhermec@gmail.com).

  1. Gustavo, como você e a literatura se conheceram?
Desde criança, fui incentivado por parentes a ler e a ver filmes. Acabei sendo influenciado tanto pela literatura quanto pelo cinema e, na adolescência, comecei a produzir meus primeiros textos.

  1. Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Porque o ato da escrita tornou-se essencial para minha sobrevivência, assim como a prática da leitura. Depois que a gente começa a sentir na pele a força das palavras, sejam as que entram pelos olhos ou aquelas que nos escorrem dos dedos, fica impossível parar... e por que, apesar de tudo, não tentar viver disso?

  1. Por que participar de uma antologia?
É a chance perfeita para demonstrar um texto de maneira prática, seguindo uma temática e, consequentemente, saber qual será a resposta de um público específico ao seu trabalho.

  1. Fale um pouco sobre a The King?
The King é uma coletânea única. Autores talentosos utilizando como base para seus contos o folclore horripilante criado por Stephen King, sem perder a brasilidade característica de nossos escritores. Excelente oportunidade para quem está começando e para quem deseja seguir nesta linha do terror/suspense.

  1. Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
É uma caça ao tesouro. O escritor de um lado buscando as palavras exatas e, do outro, os organizadores correndo atrás dos textos que lhe parecerem mais interessantes para a coletânea. Como disse, é uma oportunidade única.

  1. Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
O mercado literário está em pleno crescimento no Brasil, e isso se dá, principalmente, pela consciência que as editoras passaram a ter quanto à importância da internet para o sucesso de uma obra. Os tempos são bons e a busca por escritores de talento está cada vez mais abrangente, acirrada, interessante e global.


  1. Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Exclusivamente de literatura, para a grande maioria dos autores, infelizmente, não. Mas as coisas estão mudando, o mercado está mudando, as pessoas e, acima de tudo, o acesso à informação está mudando. Quem sabe? Talvez um dia o quadro mude.

  1. De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Completamente. Sem ela, não teria sido tão fácil (e dinâmico) conhecer o público que curte meus textos. E o feedback é quase instantâneo, o que facilita, e muito, a nossa vida.

  1. Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
King foi um dos primeiros autores que li quando comecei a escrever, ainda durante minha adolescência. Me inspirei em seus textos e até em filmes inspirados em suas obras para escrever meus primeiros contos. Ouso dizer que, se não fossem os livros “O Saco de Ossos”, “O Iluminado” e “Dança Macabra” e filmes como “Conta Comigo” (inspirado em um conto do autor), “Carrie”, “À Espera de um Milagre” e tantos outros, minha escrita não seria a mesma.

  1. Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Há um livro de poemas que será lançado no mês de junho, chama-se “Cinema Mudo” (Editora Penalux). Há também o blog “CurtasBreves”, onde publico regularmente microcontos e HQs de minha autoria. Além disso, meus textos estarão presentes em algumas Mostras Literárias país afora.

Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul


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