Gustavo
Guilherme, um dos autores da The King,
nasceu em Vitória (ES) em mil novecentos e oitenta e seis. Sua
primeira publicação foi um conto na coletânea Expresso 600
(Andross Editora, dois mil e seis). É responsável pelo blog
Curtasbreves, onde regularmente publica micronarrativas, contos,
crônicas, poemas e HQs. Gustavo é pai, marido, cinéfilo incurável
e roteirista de quadrinhos. Contato com o autor
(gustavoguilhermec@gmail.com).
Desde
criança, fui incentivado por parentes a ler e a ver filmes. Acabei
sendo influenciado tanto pela literatura quanto pelo cinema e, na
adolescência, comecei a produzir meus primeiros textos.
- Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Porque
o ato da escrita tornou-se essencial para minha sobrevivência, assim
como a prática da leitura. Depois que a gente começa a sentir na
pele a força das palavras, sejam as que entram pelos olhos ou
aquelas que nos escorrem dos dedos, fica impossível parar... e por
que, apesar de tudo, não tentar viver disso?
- Por que participar de uma antologia?
É
a chance perfeita para demonstrar um texto de maneira prática,
seguindo uma temática e, consequentemente, saber qual será a
resposta de um público específico ao seu trabalho.
- Fale um pouco sobre a The King?
The
King é uma coletânea única. Autores talentosos utilizando como
base para seus contos o folclore horripilante criado por Stephen
King, sem perder a brasilidade característica de nossos escritores.
Excelente oportunidade para quem está começando e para quem deseja
seguir nesta linha do terror/suspense.
- Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
É
uma caça ao tesouro. O escritor de um lado buscando as palavras
exatas e, do outro, os organizadores correndo atrás dos textos que
lhe parecerem mais interessantes para a coletânea. Como disse, é
uma oportunidade única.
- Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
O
mercado literário está em pleno crescimento no Brasil, e isso se
dá, principalmente, pela consciência que as editoras passaram a ter
quanto à importância da internet para o sucesso de uma obra. Os
tempos são bons e a busca por escritores de talento está cada vez
mais abrangente, acirrada, interessante e global.
- Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Exclusivamente
de literatura, para a grande maioria dos autores, infelizmente, não.
Mas as coisas estão mudando, o mercado está mudando, as pessoas e,
acima de tudo, o acesso à informação está mudando. Quem sabe?
Talvez um dia o quadro mude.
- De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Completamente.
Sem ela, não teria sido tão fácil (e dinâmico) conhecer o público
que curte meus textos. E o feedback é quase instantâneo, o que
facilita, e muito, a nossa vida.
- Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
King
foi um dos primeiros autores que li quando comecei a escrever, ainda
durante minha adolescência. Me inspirei em seus textos e até em
filmes inspirados em suas obras para escrever meus primeiros contos.
Ouso dizer que, se não fossem os livros “O Saco de Ossos”, “O
Iluminado” e “Dança Macabra” e filmes como “Conta Comigo”
(inspirado em um conto do autor), “Carrie”, “À Espera de um
Milagre” e tantos outros, minha escrita não seria a mesma.
- Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Há
um livro de poemas que será lançado no mês de junho, chama-se
“Cinema Mudo” (Editora Penalux). Há também o blog
“CurtasBreves”, onde publico regularmente microcontos e HQs de
minha autoria. Além disso, meus textos estarão presentes em algumas
Mostras Literárias país afora.
Entrevista
realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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