segunda-feira, 24 de junho de 2013

Entrevista com os autores da The King (3): Ana Blotta




Ana Blotta é uma das autoras da The King. Formou-se em Sociologia e Política pela PUC/RJ, foi Produtora de Arte para TV a maior parte de sua vida, sempre uma apaixonada por escrever, mora em Petrópolis com seus seis cães, três gatos e tem duas filhas. Contato com a autora (anablotta@gmail.com).

1.      Ana, como você e a literatura se conheceram?
Meu grande interesse, aos quatro anos de idade, era ler “O Pato Donald”. Mal sabia que o que viria depois podia ser quase tão bom... Monteiro Lobato me raptou para o Reino das Águas Claras e de lá nunca mais saí. Mais tarde, aos treze, me apaixonei por D’Artagnan e todos os franceses que poderiam escrever como Dumas, o que me fez ser sócia da Biblioteca de Botafogo (RJ). Mas foi lendo “O Romanceiro da Inconfidência” que veio a vontade de escrever, tinha mais ou menos quinze anos e lia tudo que via pela frente, acho que essa fome nunca vai passar.

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou?
Eu não me considero “escritora”, amo escrever, sou amadora no mais literal sentido da palavra.

3.      Por que participar de uma antologia?
Duas palavras : Stephen King.

4.      Fale um pouco sobre a The King?
Uma oportunidade imperdível ! Meu autor favorito... Foi coisa de fã mesmo, nem tenho vergonha de contar. Já que duvido muito que um dia eu venha a conhecê-lo pessoalmente, pelo menos posso tentar estar mais próxima, e assim foi.

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
Olha, eu não tenho muito conhecimento para definir isso, mas acho que no caso da The King, além da qualidade dos contos, deveria ser levada em conta também a diversidade das obras que deram origem aos textos.

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
Já foi pior. Creio que muita gente jovem está escrevendo, ainda meio baseados em séries de TV e livros de “vampiros”, mas todo começo é meio cambaleante mesmo, então o que importa é o movimento.

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Acho que sim, mas como toda profissão ligada às artes, é difícil. É preciso mais do que talento; sorte e oportunidade ajudam muito também.

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Eu já sou velhinha, comecei antes da internet... Mas acho que ajuda, sem duvida. No meu caso, meu primeiro livro foi publicado em e-book, tenho um blog de crônicas ainda engatinhando e foi graças ao Facebook que encontrei vocês, então só tenho que agradecer a net.

9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
Melhor dizer, qual a influência de Stephen King em minha vida. Aos dezessete anos me caiu nas mãos “O Iluminado”, depois “A Hora do Vampiro”, e desde então foram muitos. Terror ? Não. A prosa, o modo como ele escreve, a emoção da descritiva, o estilo, tudo isso me faz ser encantada por esse autor. Com certeza ele me fez ter essa vontade de traduzir em palavras, de forma precisa, afiada, não o que se pensa, mas o sentimento.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Sim, tenho “Classificados” que está sendo lançado pela Multifoco dia nove de maio, tenho “Petropolitanas” já prontinho, e mais um sendo escrito, e um blog de crônicas, sobre o amor na internet que se chama “Será que ele está online ?”.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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