Ana Blotta é uma das autoras da The King. Formou-se em Sociologia e Política pela PUC/RJ, foi Produtora
de Arte para TV a maior parte de sua vida, sempre uma apaixonada por escrever,
mora em Petrópolis com seus seis cães, três gatos e tem duas filhas. Contato
com a autora (anablotta@gmail.com).
1.
Ana, como você e a literatura se
conheceram?
Meu grande interesse,
aos quatro anos de idade, era ler “O Pato Donald”. Mal sabia que o que viria
depois podia ser quase tão bom... Monteiro Lobato me raptou para o Reino das
Águas Claras e de lá nunca mais saí. Mais tarde, aos treze, me apaixonei por
D’Artagnan e todos os franceses que poderiam escrever como Dumas, o que me fez
ser sócia da Biblioteca de Botafogo (RJ). Mas foi lendo “O Romanceiro da
Inconfidência” que veio a vontade de escrever, tinha mais ou menos quinze anos
e lia tudo que via pela frente, acho que essa fome nunca vai passar.
2.
Por que a profissão de escritor lhe
interessou?
Eu não me considero
“escritora”, amo escrever, sou amadora no mais literal sentido da palavra.
3.
Por que participar de uma antologia?
Duas palavras : Stephen
King.
4.
Fale um pouco sobre a The King?
Uma oportunidade
imperdível ! Meu autor favorito... Foi coisa de fã mesmo, nem tenho vergonha de
contar. Já que duvido muito que um dia eu venha a conhecê-lo pessoalmente, pelo
menos posso tentar estar mais próxima, e assim foi.
5.
Como você define o processo que envolve
a compilação de uma antologia?
Olha, eu não tenho
muito conhecimento para definir isso, mas acho que no caso da The King, além da
qualidade dos contos, deveria ser levada em conta também a diversidade das
obras que deram origem aos textos.
6.
Como você vê o mercado editorial
brasileiro para os novos autores?
Já foi pior. Creio que
muita gente jovem está escrevendo, ainda meio baseados em séries de TV e livros
de “vampiros”, mas todo começo é meio cambaleante mesmo, então o que importa é o
movimento.
7.
Em sua opinião, é possível viver de
literatura no Brasil?
Acho que sim, mas como
toda profissão ligada às artes, é difícil. É preciso mais do que talento; sorte
e oportunidade ajudam muito também.
8.
De que maneira a internet atua em sua
vida de escritor?
Eu já sou velhinha,
comecei antes da internet... Mas acho que ajuda, sem duvida. No meu caso, meu
primeiro livro foi publicado em e-book, tenho um blog de crônicas ainda engatinhando
e foi graças ao Facebook que encontrei vocês, então só tenho que agradecer a
net.
9.
Qual a influência de Stephen King em sua
literatura?
Melhor dizer, qual a
influência de Stephen King em minha vida. Aos dezessete anos me caiu nas mãos
“O Iluminado”, depois “A Hora do Vampiro”, e desde então foram muitos. Terror ?
Não. A prosa, o modo como ele escreve, a emoção da descritiva, o estilo, tudo
isso me faz ser encantada por esse autor. Com certeza ele me fez ter essa
vontade de traduzir em palavras, de forma precisa, afiada, não o que se pensa,
mas o sentimento.
10.
Para encerrar: quais teus planos daqui
pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Sim, tenho
“Classificados” que está sendo lançado pela Multifoco dia nove de maio, tenho
“Petropolitanas” já prontinho, e mais um sendo escrito, e um blog de crônicas,
sobre o amor na internet que se chama “Será que ele está online ?”.
Entrevista realizada
pela Editora Multifoco – Unidade Sul
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