quinta-feira, 27 de junho de 2013

Entrevista com os autores da The King (4): Bruno Wolff



Bruno Wolff, um dos autores da The King, é de Arcos/MG. É um ávido leitor de literatura fantástica desde criança. Tem como vício, músicas de bandas de várias vertentes do Metal. Em dois mil e nove, após ler um livro de Stephen King, começou a escrever contos de terror e alguns ele publica em seu blog, o ASAS NEGRAS. Teve um de seus contos publicado na antologia Histórias Fantásticas vol. II, pela Cidadela Editorial. Contato com o autor (brcontosdeterror@gmail.com).

  1. Bruno, como você e a literatura se conheceram?
Bem cedo. Aos seis anos, pouco antes de entrar na escola, lembro-me de pedir aos meus irmãos para lerem seus livros infantis para mim, e quando eles não liam, eu estudava as ilustrações e ficava imaginando a história. Então, desde quando aprendi a ler, tenho sempre livros em mãos, embora tenha descoberto meu gênero preferido um pouco tarde.

  1. Por que a profissão de escritor lhe interessou?

Sempre gostei de histórias, lidas, assistidas e ouvidas. Umas das coisas mais agradáveis para mim é ler um bom livro ou sentar ao lado de uma pessoa para ouvir uma boa história, um causo, seja ficcional ou não. E não sou o único.
Criar histórias, para mim, é tão bom quanto ouvi-las, mexer com o imaginário das pessoas, poder fazê-las sentir vários tipos de emoções é incrível. Escrever também é uma terapia, me deixa relaxado e tranquilo. Naqueles dias chatos e fatídicos, procuro buscar uma idéia, desenvolvê-la e escrevê-la, aí meu ânimo ressurge. É como o nascer do sol, que empurra as trevas para longe e traz luz e calor. Não tomo agora esta como minha profissão, pois estou começando, tenho que trilhar um longo caminho até me ver como um profissional.
  1. Por que participar de uma antologia?
É uma ótima oportunidade para aprender mais, conhecer novos autores, alcançar novos leitores, ter críticas e sugestões. Além disso, ter um livro no qual seu nome e sua história nele fora publicada é algo gratificante, um sonho realizado.
  1. Fale um pouco sobre a The King?
É uma idéia maravilhosa e original, onde novos autores homenageiam numa antologia, um dos melhores escritores de terror, Stephen King, com seus contos inspirados e medonhos.

  1. Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia?
É um trabalho muito sério e responsável, que deve ser dirigido por bons profissionais a fim de selecionar dentre inúmeros contos os que mais se identifiquem
com o tema proposto pela editora promotora.
  1. Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
Hoje em dia existem muitas chamadas para antologias de editoras, que assim como a Multifoco, pensa no novo autor e está disposta a dar um empurrão, mas acredito que seja uma área muito competitiva.
  1. Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil?
Difícil, mas não impossível. Muitos leitores e editoras brasileiras subestimam os autores nacionais, acreditam que bons autores só se fazem lá fora. Já li vários autores nacionais surpreendentes, originais e talentosos que infelizmente não têm o devido reconhecimento e valor, e isso me deixa indignado. Pra ter notoriedade aqui, além de ter talento e sorte, penso que tem que divulgar exaustivamente.

  1. De que maneira a internet atua em sua vida de escritor?
Atua de uma forma muito positiva. Através dela, fiz um blog, o Asas Negras, onde pude postar alguns contos dos quais recebi críticas e sugestões, que ajudaram a desenvolver minha escrita e me impulsionou a escrever mais. É com certeza o melhor meio de divulgação.
  1. Qual a influência de Stephen King em sua literatura?
As histórias que criava antes de conhecer Stephen King não me satisfaziam inteiramente. Embora fossem ótimos livros naquele gênero, não sentia inspiração ao lê-los. Queria algo diferente, mas não sabia o que. Em 2009 tive meu primeiro contato com a literatura de terror, e o primeiro livro que li foi O Cemitério, do mestre King. Experimentei sensações nunca sentidas ao ler um livro antes. Foi aí que descobri qual direção queria tomar, e desde então venho escrevendo minhas histórias de terror.

  1. Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações?
Estou selecionando e revisando alguns contos para uma antologia. Em breve entrarei na luta pela publicação. Estou também desenvolvendo um romance.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul


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