terça-feira, 30 de julho de 2013

Entrevista com os autores da The King (24): Leônidas Grego



Leônidas Grego, um dos autores da The King, é desenhista de histórias em quadrinhos e ilustrador de livros didáticos. Fez teatro por alguns anos, atuando como ator, diretor e autor. Escreve contos e livros para crianças. Já desenvolveu diversos projetos para empresas voltados para a educação em prevenção aos acidentes no trabalho. É autor de diversas peças para teatro infantil e comédias para adultos. Recentemente lançou o livro O Príncipe do Futebol, pela Editora Multifoco. E-mail para contato (grego.desenho@gmail.com).

1.      Lêonidas, como você e a literatura se conheceram?
Com amigos leitores( em bibliotecas públicas) e um irmão leitor de quadrinhos e livros. Sempre fui impulsionado pela leitura. Até mesmo bula de remédios, lia de forma compulsiva. Fui uma criança e adolescente que achava muitos livros no lixo da vizinhança, tirava a poeira e levava para casa. Achava caixas de livros e revistas – eu tinha uma vizinhança rica que jogava livros fora. Interessante que tenha sido muito importante na minha vida, como leitor, ter tido os encontros mais importante de minha vida com os livros dessa forma. Uma vez estava indo jogar bola com os amigos nas proximidades de minha casa. Tinha um campinho de várzea, pequeno, conhecido como campinho da Caveira – quando roçaram o local foi encontrada uma caveira de boi, daí terem lhe dado tal nome. O lixão ficava na esquina, ali as pessoas jogavam o lixo. Passando, vi duas caixas cheias de revistas e livros. Tratei de ficar com os livros e as revistas. Quase todos seguiram para o baba( pelada), fiquei com mais três disputando o achado(risos). Eu devia ter entre 11 e 13 anos. Há 03 anos, eu estava numa lan-house, muito distante de minha casa, chuviscava. Era uma tarde de sábado, foi quando vi um carro estacionar. No lixo, de mais uma esquina, o sujeito abriu a mala do carro e jogou mais de 30 livros no lixo, entre eles a Bíblia. Fui correndo com o gerente da lan-house, e disputamos os livros ( risos). Encontrar livros, de forma mais insólita, parece ser coisa do destino. Vez em quando, encontro livros em acentos de praças, jardins, cadeiras de teatro, bancos de ônibus.

2.      Por que a profissão de escritor lhe interessou? Por que adoro escrever e tenho ideias(muitas) para escrever livros. Gosto muito de ler e de escrever.

3.      Por que participar de uma antologia? Uma oportunidade para publicar, conhecer novos autores, editores e formar leitores, além de incrementar a produção, desenvolver a escrita, ampliar a capacidade de criação, formar leitores.


4.      Fale um pouco sobre a The King? Uma ideia fenomenal, pois, foi com Poe e Stephen King que me iniciei nas histórias de mistério, depois dos filmes de terror que passavam na tv e das hq de terror que lia e colecionava.

5.      Como você define o processo que envolve a compilação de uma antologia? Fabuloso e monstruoso – reunir num único livro diversos autores, estilos diferentes e com uma linha editorial única. A antologia, hoje é o grande achado da literatura feita no Brasil.

6.      Como você vê o mercado editorial brasileiro para os novos autores?
Inexistente, quase entre as grandes editoras que preferem importar livros de autores famosos, de outros países. Com o advento da net se ampliou as possibilidades no mercado, pois, o autor poderá produzir e publicar de forma independente, sem que precise ter um editor, uma editora. Temos o Amazon, e editoras de e-books, que são para todos. Hoje, um autor, mesmo amador poderá ficar conhecido da noite para o dia. As pequenas editoras precisam estar de olho nesse quesito, e formar um time de autores que lhes possa dar retorno.

7.      Em sua opinião, é possível viver de literatura no Brasil? Acho, caso o autor trilhe o caminho certo e encontre um veio para explorar. Eu gosto de contos e de histórias de terror, e desenvolvo livros para o leitor juvenil. Não dando para sobreviver, seria inteligente usar como segunda opção de atividade profissional.

8.      De que maneira a internet atua em sua vida de escritor? De forma global, exploro muito. Redes sociais, sites diversos, blogs.
9.      Qual a influência de Stephen King em sua literatura? Muito, no seu estilo e ideias. Ele é um referencial, incontestável.

10.  Para encerrar: quais teus planos daqui pra frente? Já tem um livro na manga, projetos, publicações? Quero publicar muitos livros, participar de muitas antologias, e procurar formar um público leitor. Algo tem que acontecer. Penso em desenvolver séries de contos de terror, em seguida livros na mesma linha com estórias completas – romances na linha. Tenho mais de 60 livros na gaveta, de diversas linhas editoriais – escrevo infantil, terror, juvenil, eróticos e humor.


Entrevista realizada pela Editora Multifoco – Unidade Sul

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